sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Lição 12 - Reforma: Curando Relacionamentos Quebrados




                                                     
                                                                  (Mateus 18)
           
 
Introdução: Às vezes, unidade significa trabalho duro! Há muitos anos, eu estava numa reunião em que nossa liderança, da igreja local, foi conhecer o novo presidente da Conferência e nosso novo pastor. Como pastor leigo, eu era o líder da igreja local. O novo presidente da conferência perguntou a cada um dos anciãos sobre seus pensamentos, acerca da igreja. Um ancião recém eleito disse que as coisas estavam bem, exceto que existia algo errado com minha teologia e a liderança da igreja, pois havia um problema de racismo. Meu pensamento imediato foi que a unidade estaria melhor preservada se eu tivesse caminhado até ele e o estrangulado!  Nós dois nunca tivemos um discussão pessoal sobre teologia. Ele tinha acabado de se transferir para nossa igreja e, embora ele fosse de uma raça em minoria na igreja, em um ano nós o tínhamos eleito ancião - ações improváveis para um grupo de racistas! Este ataque inesperado e injustificado sobre minha reputação e a liderança da igreja criou ressentimentos em meu coração. O que devemos fazer quando coisas assim acontecem? Vamos mergulhar em nossas Bíblias e ver o que podemos aprender!
 
      I.    Resolução de Conflitos
 
            A.        Leia Mateus 18:15. Vamos voltar para a história, em minha introdução. Racismo é pecado. Se este jovem ancião pensava que eu e os outros líderes havíamos mostrado preconceito com respeito a ele, por causa de sua raça, qual era sua responsabilidade? (De acordo com este texto, ir a mim. Ou, deveria ter tocado no assunto, na reunião dos anciãos.)
 
            1.        Qual a razão para ir com sua preocupação, pessoalmente, até a outra pessoa? (Muitas vezes, temos, simplesmente, percepções diferentes. Às vezes, não conhecemos toda a história. Este texto diz que compartilhar suas preocupações permite que você conquiste seu companheiro, membro da igreja.)
 
            B.        Leia Mateus 18:16. O que isto sugere, quanto a natureza do problema subjacente? (Sugere que, após a primeira reunião, você tem uma opinião diferente dos fatos.)
 
            1.        Qual é a vantagem de se levar algumas outras pessoas? (Se outros membros de minha igreja dizem: “Bruce, vemos um problema!” Eu o teria levado a sério. Por outro lado, se este jovem ancião tivesse procurado por outra pessoa que compartilhasse sua opinião, duvido que ele tivesse encontrado alguém.)
 
            2.        Qual foi a desvantagem, para mim (o alvo da queixa) ao levá-lo, pela primeira vez, diante do novo presidente da Conferência e do novo pastor? (Como você se defende, contra este tipo de ataque? “Não sou racista e concordamos com a teologia?”  Em vez disso, eu disse, “Não ouvi estas queixas, antes, e acho que elas podem surgir a partir de uma diferença de percepção.”)
 
            C.        Leia Mateus 18:17. Qual é a etapa final, na reconciliação? (A igreja tem que decidir a questão.)
 
            1.        Vamos olhar para isto, da perspectiva do jovem ancião. Por que a igreja deve decidir? Tal voto seria justo? (Leia Mateus 18:18. Isto nos diz que a igreja carrega a autoridade de Deus. Se essas acusações fossem verdadeiras, Deus cuidaria delas. Se as acusações fossem falsas, então, Deus cuidaria delas, também.)
 
            D.        Leia Mateus 18:19-20. Jesus está fora do assunto? (Não. A idéia de falar e orar com outros, sobre um problema, é muito importante. Nunca entendi como a teologia deste jovem ancião diferia da minha. Que eu saiba, ninguém, nunca acusou a liderança da igreja de ser racista. Talvez, quarenta por cento de nossa igreja provém de raças em minoria e a harmonia racial é parte importante de nós, ao refletirmos o amor de  Deus.)
 
      II.   Perdão
 
            A.        Leia Mateus 18:21. Esse evento aconteceu há muitos anos, mas o fato de eu ainda lembrá-lo mostra que isto dói e que eu poderia ter problema com o perdão. Você acha que Jesus mudou de assunto? (Não. Jesus ainda está falando sobre os cristãos se darem bem.)
 
            1.        Este jovem ancião nunca me pediu perdão. Será que isso importa?  (Observe que Pedro pergunta sobre o perdão para aqueles que pecam contra você , não para aqueles que lhe pedem perdão.)
 
            B.        Leia Mateus 18:22. Deveríamos manter um caderninho e registrar quantas vezes perdoamos alguém? Eu teria dificuldade em manter a contagem, quando chegasse a 77.
 
            1.        Jesus e Pedro estão de acordo que existe um limite quanto ao número de vezes que devemos perdoar e eles só divergem quanto ao número correto?
 
            C.        Leia Mateus 18:23-25. Isto está relacionado a discussão anterior? Perdão se aplica, até mesmo, para dinheiro?
 
            D.        Leia Mateus 18:26-27. Observe a diferença entre o pedido de misericórdia e a resposta do rei. O que isso sugere? (O rei deu-lhe mais do que  ele pediu. Isto não foi só misericórdia. Foi perdão.)
 
            1.        Observe que o devedor não pediu por perdão, mas ele ainda o recebeu. Por quê?
 
            E.        Leia Mateus 18:28. Essa reação é razoável? O devedor tinha chegado muito perto de ter toda sua família vendida, como escrava, porque um desocupado como esse, não tinha recebido o que lhe deviam!
 
            F.        Leia Mateus 18:29-33. Qual a resposta correta para a pergunta do rei? (Sim, ele deveria ter tido misericórdia.)
 
            1.        Vamos parar um minuto e pensar em tudo o que temos discutido até agora. Estou envergonhado, porque um jovem ancião questiona minha teologia e me chama de racista, na frente de um novo oficial da igreja, que eu não conheço. O que eu deveria lembrar? (Que Jesus foi chamado por apelidos e tratado com sarcasmo, por causa do meu pecado. Se Jesus pode me perdoar, como posso deixar de perdoar uma ofensa tão pequena?)
 
            a.        Na discussão entre Jesus e Pedro, qual é o esclarecimento suplementar, quanto ao aspecto sobre o número de vezes que deveríamos perdoar? (Jesus não está falando de números específicos.  O que a pessoa lê, é que ela está sendo convidada a perdoar, mais do que Jesus nos perdoou?)
 
            G.        Leia Mateus 18:34-35. Uau! Será que o devedor implacável acaba numa posição pior? (Ele estava sendo vendido como escravo. Agora, ele é enviado para a prisão e tortura.)
 
            1.        Será que nosso amoroso Pai celestial vai nos torturar se não perdoarmos? (Leia 1 João 4:19-21. Este texto é apenas um, dos muitos que dizem que a essência de ser um cristão é mostrar amor para com os outros. Se não refletimos amor, não aceitamos o amor de Jesus e estamos perdidos.)
 
            2.        A expressão “enviá-lo aos torturadores” nos ensina que este rei tinha um perdão nele e, não, setenta vezes sete, ou mesmo sete? (Uma coisa que precisamos saber, sobre as parábolas, é que nem todas elas têm a intenção de ensinar uma lição. O ponto da parábola é que devemos demonstrar perdão para com os outros, por causa do grande perdão de Deus para nós. O ponto é que Deus não nos tortura, quando pecamos duas vezes.
 
      III. Amor Exigente
 
            A.        Leia Apocalipse 3:19. O que temos estudado até agora pode nos levar a pensar que nossa obrigação de amor nos motiva, meramente, a perdoar. O que este texto traz à discussão? (Às vezes, o amor repreende e disciplina. Devemos perdoar, mas amor não é apenas um tolo “está tudo bem”, quando problemas graves não são devidamente tratados.)
 
            B.        Leia Filemom 1:1. Deixe-me passar-lhe um pouco de conhecimento. Filemom era um dono de escravos, que se converteu ao cristianismo, através de Paulo. Filemom possuía um escravo chamado Onésimo, que fugiu e foi morar com Paulo, para o ajudar.
 
            C.        Leia Filemom 1:8-11. Qual é o pedido de Paulo, para Filemom? (Para perdoar Onésimo, por ter fugido.)
 
            1.        Por que Filemom deveria perdoar Onésimo? (“Eu apelo para você, com base no amor.”)
 
            D.        Leia Filemom 1:12-16. O que Paulo quer? (Que Filemom envie Onésimo de volta, para ajudar Paulo.)
 
            1.        Algumas questões importantes não estão escondidas aqui? Filemom não deveria perdoar Onésimo, por causa do amor? A escravidão não é contra a lei do amor?  E se você disser: “todos deveriam amar-se, uns aos outros: assim, o amor acaba com a escravidão, o amor perdoa Onésimo e, o amor deixa Onésimo ajudar Paulo, quando este está na prisão?” (Filemom tinha interesse de propriedade sobre Onésimo. Amor não é roubo. O assunto é complicado e a abordagem de Paulo nos ensina que devemos ser mais exigentes, na forma como colocamos em prática o perdão e a reconciliação.)
 
            E.        Amigo, e quanto a você? Você está um quarto abaixo, no amor? Sua incapacidade de compreender o incrível amor de Deus está fazendo com que você seja incapaz de perdoar os outros?  Por que não pedir perdão a Deus por sua incapacidade de amar, para Ele dar-lhe mais amor, e abrir seu coração para aqueles que pecaram contra você?
 
      IV. Próxima semana: Reavivamento Prometido: Missão Cumprida.
     
   
Direito de Cópia de 2013, por Bruce N. Cameron, J.D. Todas as referências das Escrituras são da Bíblia de Estudo na Nova Versão Internacional (NVI), editada em 2003 pela Editora Vida – São Paulo, a menos que indicado de outra forma. As citações da NVI são usadas com permissão. As respostas sugestivas encontram-se entre parênteses. As frases entre chaves { } foram acrescentadas pelo tradutor e não constam no original. Ore pela direção do Espírito Santo enquanto estuda.
 
Estes comentários referem-se às Lições da Escola Sabatina, publicadas em Português pela Casa Publicadora Brasileira, cujo original pode ser encontrado semanalmente em "http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2013.html"
 
Tradução: Denise de Mesquita
 


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