quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Vislumbres do nosso Deus - Lição 4

O Deus da Graça e do Juízo
(João 3, Números 21, Apocalipse 14)

Introdução: Essa semana nós estudamos dois aspectos de nosso Deus: graça e juízo. Se você ler alguns textos sobre juízo – e a maioria refere-se a um juízo baseado nas obras – você talvez comece a se perguntar como graça e juízo podem se encaixar confortavelmente em um mesmo evangelho. Na verdade, durante muito tempo eu tenho estado preocupado que Jesus frequentemente refere-se a um juízo baseado nas obras enquanto Paulo tem um tema bem fixo da salvação pela graça. Podemos colocar essas duas ideias juntas? Se sim, como? Vamos mergulhar em nosso estudo da Bíblia e ver o que podemos aprender!

I. O Juízo

A. Leia Mateus 12:36-37 e Mateus 16:27. O que nosso Senhor diz ser o padrão para o juízo? (Nossas palavras e obras!)

B. Leia 2 Coríntios 5:10. Ah não! Esse é Paulo. O que Paulo diz ser a base para o juízo? (Coisas feitas “por meio do corpo”).

C. O que está acontecendo aqui? Nós acabamos de completar um estudo de Gálatas e aprendemos que somos salvos pela graça. Vamos tomar o juízo baseado nas obras no âmbito pessoal. Você quer que algumas pessoas sejam paradas e multadas por dirigir acima do limite de velocidade? (Sim! Principalmente quando estão fazendo isso na nossa vizinhança).

1. E com você – você quer que a polícia te multe por velocidade? (Isso mostra o quadro mais amplo, queremos um juízo baseado nas obras para os outros, mas não para nós mesmos).

2. Achamos que algumas pessoas merecem um juízo pelas suas obras, mas nós (ou pelo menos eu) deveríamos ser capazes de evitar o juízo? (Podemos ver que esse estudo é enganoso porque temos um preconceito natural contra nosso próprio juízo. Não queremos ter o que merecemos, mas queremos isso para os outros).

II. Serpente no Deserto

A. Vamos ver se podemos trabalhar nessa questão apesar de nosso preconceito. Leia João 3:14-18. Jesus está Se contradizendo? Como Jesus pode dizer aqui que a crença nEle é a base para a vida eterna, mas ter dito antes que as obras eram a base para o juízo? (Note que Jesus Se refere a uma pessoa sendo “condenada”, não julgada).

1. Semana passada nós discutimos os rituais do santuário. Quando o pecador vinha ao templo com um sacrifício, ele era culpado? (Sim. Somos julgados por nossas obras – sendo culpados ou inocentes. E, sem entrar nos detalhes, somos sempre culpados por causa de nossa natureza pecaminosa. Quando o pecador vinha com o cordeiro, ele não era “inocente”, mas não era condenado porque o sacrifício pagava a pena em seu lugar).

B. Ainda não temos um problema com as palavras de Paulo (2 Coríntios 5:10) de que seremos julgados de acordo com as “boas” coisas? E sobre Jesus dizendo (Mateus 12:37) que nossas palavras podem nos “absolver”? Isso parece indicar que as boas obras têm algo a ver com um juízo favorável. Isso pode se conciliar com a graça?

C. Vamos continuar lendo João 3 para ver se achamos uma dica. Leia João 3:18-21. Temos um novo elemento, “luz”! O que a luz tem a ver com nossa salvação? (Se amamos a luz estamos salvos, se amamos as trevas não estamos).

1. Temos muitas pontas soltas aqui. Temos as obras, temos a crença e temos a luz. Alguém pode conectar essas pontas soltas para fazer uma teoria com sentido? Ou, todas essas ideias são simplesmente uma contradição?

D. Vamos voltar à história original. Leia Números 21:6-9. O que estava fazendo com que as pessoas morressem? (As serpentes. Entretanto, se você olhar o contexto, as serpentes foram enviadas como um juízo pelo pecado).

1. Por que Deus diria a Moisés para que eles olhassem para uma representação do que estava fazendo com que eles morressem? (Por muito tempo tenho pensado que essa história estranha nos ensina que devemos olhar para (levar a sério, confessar etc.) nossos pecados. O primeiro passo para a salvação é encarar e confessar nossos pecados, nossas má obras).

E. Vamos reler João 3:14-15 e João 3:19-20. Como a história da serpente e amar/odiar a luz agora fazem sentido? (Se amarmos tanto nosso pecado a ponto de não nos aproximarmos da luz, então seremos como aqueles que se recusaram a olhar para a serpente. Jesus trouxe a luz do evangelho. Aceitar a luz do evangelho é simplesmente não condizente com se esconder atrás do (permanecer no) pecado. Escolheremos entre encarar nossos pecados e sermos salvos pela graça, ou preferir permanecer no pecado e rejeitar Jesus).

1. Toda essa conversa sobre “obras” e juízo agora faz sentido? (Em certo sentido, a salvação está muito ligada às nossas obras. Se decidirmos permanecer no pecado, não buscaremos a graça. Mas, se encararmos nossos pecados e reconhecermos sua pecaminosidade, então teremos apenas uma opção – graça!).

2. Concentre-se em João 3:21. O que significa: “as suas obras são praticadas por intermédio de Deus”? (A graça é o trabalho de Deus. Como aprendemos em nosso estudo de Gálatas, não podemos ganhar a salvação, Jesus já fez isso por nós. Mas, escolhemos se iremos “olhar para a serpente”, se iremos nos “aproximar da luz”, se iremos confessar nossos pecados e escapar da condenação pelo sangue do Cordeiro).

III. O Exemplo de Noé

A. Vamos ver um exemplo disso. Leia Gênesis 6:5-7. O que Deus acha ser a solução para toda essa maldade? (Juízo!).

B. Leia Gênesis 6:13, Gênesis 7:6-10 e 2 Pedro 2:5. Quão difícil teria sido para os ímpios entrar na arca? (Eles foram avisados. 2 Pedro 2:5 sugere que Noé pregou para eles. Enquanto Noé estava no esforço de construir a arca, qualquer um poderia simplesmente ir a bordo. Os ímpios preferiram a vida que tinham (as trevas), e não quiseram ir com Noé (ir para a luz).

IV. O Juízo do Último Dia

A. Leia Apocalipse 14:6-7. Qual é a mensagem para aqueles que vivem nos últimos dias? (Que o juízo de Deus está sobre eles).

1. Qual é nossa reação apropriada para o juízo iminente? (Note, não diz “pare de pecar”, diz para se ter um relacionamento direito com Deus. Precisamos respeitar (temer) Deus, precisamos dar glória a Ele e precisamos admitir Seu poder como criador de tudo).

B. Leia Apocalipse 14:8. Que importante fato do juízo precisamos saber? (Que Deus venceu o mal. Os infiéis a Deus serão vencidos).

C. Leia Apocalipse 14:9-11. Esse texto diz que aqueles envolvidos em más obras irão suportar a força da ira de Deus? (Não. Diz que aqueles que se recusam a adorar Deus e adoram o inimigo de Deus irão sofrer juízo. O padrão para o juízo é a fidelidade. Aqueles que se vem para a luz versus aqueles que permanecem nas trevas).

D. Leia Apocalipse 14:12. À luz do juízo iminente, o que somos chamados a fazer? (Os “santos” são descritos como aqueles que “permanecem fiéis a Jesus”. Fé em Jesus é a justificação pela fé!).

1. E a parte do “obedecem aos mandamentos de Deus”? (Isso ilustra nossa discussão anterior. Se amarmos nossas más obras continuaremos nas trevas e não iremos para a luz da graça de Jesus. Mas, se amarmos a luz, então iremos querer fazer a vontade de Jesus. Iremos querer obedecê-Lo).

E. Medite nos versos de Apocalipse 14 que acabamos de ler. Qual é a principal diferença entre os justos e os ímpios? [Os justos adoram e glorificam seu Deus Criador. Os ímpios adoram e obedecem aos maus. É isso que significa a marca na testa (mente) e mão (obras). A menção à adoração, criação e mandamentos sugere a grande importância do Sábado semanal, pois esse é um tempo de adorar, um tempo para dar glória a Deus e um tempo de comemorar a Criação (“Lembra-te do dia de sábado... Pois em seis dias criou Deus”)].

F. Amigo, um juízo está chegando. O juízo será baseado em nossas obras. Com esse padrão, nenhum de nós pode escapar do juízo. Entretanto, Jesus oferece um escape da condenação de nossas más obras. Ele é o Cordeiro de Deus que morreu por nossos pecados. Se encararmos nossos pecados pela confissão e arrependimento, então Ele cobrirá nossos pecados com Seu sangue. É uma oferta que você pode recusar? Se não, por que não aceitá-la hoje? Olhe para a serpente de sua vida pecadora, e saia das trevas para a luz!

V. Próxima Semana: A Santidade de Deus.

Tradução:Tamiris Borges da Silva

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Direito de Cópia de 2012, por Bruce N. Cameron, J.D. Todas as referências das Escrituras são da Bíblia de Estudo na Nova Versão Internacional (NVI), editada em 2003 pela Editora Vida – São Paulo, a menos que indicado de outra forma. As citações da NVI são usadas com permissão. As respostas sugestivas encontram-se entre parênteses. As frases entre chaves { } foram acrescentadas pelo tradutor e não constam no original.

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