terça-feira, 20 de julho de 2010

A Redenção em Romanos - Lição 04

Justificados Pela Fé
(Romanos 3)

Introdução: Na semana passada fomos deixados em um terrível estado! Nós decidimos que não somos melhores do que aqueles pecadores “óbvios” e que os nossos atos merecem a morte. Pior, não havia nada que pudéssemos fazer a respeito disso, porque “ninguém será declarado justo diante dele baseando-se na obediência à Lei” (Romanos 3:20). Nesta semana chegamos às boas novas – alguém já fez alguma coisa a respeito do nosso problema com o pecado. Vamos correr para Romanos e descobrir mais!

I. Justiça de Deus

A. Leia Romanos 3:21-22. O que precisamos para sermos justos? (Se acreditamos em Jesus, a justiça vem a nós através da fé.)

1. De quem é esta justiça? (É a justiça de Deus.)

a. Existe uma justiça melhor do que esta?

2. Note que esta justiça vem “independente da Lei”. O que isso quer dizer? (Que a lei não tem nada a ver com isso.)

a. Considere isto por um momento. Se guardar os Dez Mandamentos não na coisa alguma a ver com a nossa justiça, isto muda a nossa atitude com relação à obediência?

3. Note mais uma coisa. Romanos 3:21 diz que a lei testifica desta justiça de Deus. Se a lei não tem qualquer coisa a ver com isso, como pode ser?

a. Quando você pensa em testemunho, o que te vem à mente? (Uma afirmação que prova a verdade de algo.)

(1) Qual verdade está sendo questionada aqui? (A questão para os ouvintes de Paulo (e para nós) é “Quem é Jesus?” Paulo argumenta que a lei (e os profetas) testificam de Jesus como sendo a justiça de Deus para nós. Esta é a verdade que está sob questão.)

b. Como a lei testifica de Jesus como sendo a nossa justiça? (De certa forma, nada mudou e de outra maneira, tudo mudou. Sob o sistema do Antigo Testamento os pecadores tinham seus pecados perdoados pela morte de um animal. Eles não eram justos porque guardavam perfeitamente os Dez Mandamentos – eram justos por causa do sacrifício. O sistema dos sacrifícios do Antigo Testamento, os Dez Mandamentos, os profetas, todos apontavam para o novo sistema no qual Jesus morreu por nossos pecados e viveu uma vida perfeita em nosso lugar.)

II. Não Há Distinção

A. Veja a última frase de Romanos 3:22. “Não há distinção.” Distinção no que? (Lembre da semana passada, como estávamos olhando horrorizados todos os pecados que aquelas “outras” pessoas cometiam – e concordamos que certamente elas mereciam a morte! Então aprendemos que nós também merecemos a morte. Agora, as pessoas boas (os judeus) e as pessoas más (os gentios) todos são salvos da mesma maneira!)

B. Leia Romanos 3:23-24. Uma das coisas que dá ao ouro o seu valor é o fato de ele ser raro. Qual é o valor da justiça de Jesus? (É de valor infinito.)

1. Quão rara ela é? (Deus dá a justificação “gratuitamente”. Todo aquele que acredita pode tê-la.)

2. O que isso diz a respeito do meus esforços para ser mais respeitável do que os outros? (Como veremos, a obediência à lei é uma coisa boa, mas não faz nada para me salvar. Não me torna mais digno da salvação. A graça é um dom gratuito, disponível para mim, para santos e para depravados.)

C. Leia Romanos 3:25-26. Nada do que discutimos até aqui parece com qualquer tipo de “justiça” que eu conheço. Todos os tipos de pessoas más são salvas e isto não depende do grau de sua bondade ou maldade. Um Deus inocente sofre pelos pecados de outros. Estes versos nos dizem (duas vezes) que este sistema demonstra a justiça de Deus. Acabei de explicar por que isto não é verdade. Me diga, por que você acha que é verdade? (Duas coisas: Primeiro, quem está sendo prejudicado por este acordo? Deus! Se Deus está me oferecendo um acordo inacreditável, então quem sou eu para dizer que isto é injusto? Deus é o único que pode reclamar aqui. Segundo, o próprio fato de que Jesus morreu pelos meus pecados demonstra que Deus leva o pecado a sério. A justiça exige castigo.)

D. Leia Romanos 3:27. Você tem alguma razão para acreditar que é melhor do que qualquer outro membro da atua igreja?

1. Quando me referi anteriormente a outras pessoas como “depravados”, isto foi impróprio? (Todos nós merecemos a morte. Todos nós somos salvos unicamente pela justiça de Jesus. Isto quer dizer que as diferenças entre crentes não fazem diferença no que diz respeito à salvação. Portanto, ninguém pode se vangloriar e ninguém pode rotular os outros (que é o contrário de se vangloriar).)

2. Vamos deixar a salvação de lado por um momento. Assuma que você acredita (como a maioria das pessoas) que é uma pessoa melhor do que outras pessoas que conhece. Isto não á uma coisa da qual você pode verdadeiramente se orgulhar?

a. Por exemplo, e se você pode dizer que nunca mentiu? Nunca enganou alguém em uma acordo de negócios? Nunca sonegou impostos ou enganou o cônjuge? E se você ficou casado por 50 anos? Estas não são coisas das quais se orgulhar – como um objetivo para encorajar outras pessoas?

(1) Se você diz que “sim”, então pense a respeito daquele evento pecaminoso (ou um problema contínuo) na tua vida que você espera que ninguém (ou pelo menos não a maioria das pessoas) fique sabendo. Como você se sentiria se isto fosse conhecido? É por isso que ninguém pode se vangloriar. Podemos ficar aquém das expectativas. Se você ainda duvida do teu problema com o pecado a razão provável é que a tua consciência está cauterizada demais para compreender a extensão do teu problema.)

III. A Lei no Pó

A. Leia Romanos 3:28-30. Por que Paulo pergunta se Deus também é o Deus dos gentios? (Temos dois grupos. Um grupo tem trabalhado historicamente para guardar a lei de Deus, e o outro grupo não sabia coisa alguma da lei de Deus antes de ser convertido ao cristianismo. Paulo nos diz que ambos podem ser justificados pela graça – e que isto não tem coisa alguma a ver com guardar a lei. Deus trata a ambos da mesma maneira.)

B. Leia Romanos 3:31. Se você nunca leu Romanos antes, não pensaria que a resposta para esta pergunta seria “sim”! Se a obediência à lei não tem coisa alguma a ver com a nossa salvação, ela não é “anulada”, do ponto de vista da salvação?

1. Vamos imaginar que você vai trabalhar de bicicleta. A tua única alternativa é caminhar. Alguém te dá um carro e agora você vai para o trabalho dirigindo – não é necessário mais pedalar. Seria justo dizer que a tua bicicleta foi “anulada”?

2. E se alguém notar teu carro novo e disser “Aposto que você não precisa mais da tua velha bicicleta.” Você poderia dizer honestamente que “Meu carro novo confirma minha bicicleta!”?

C. Neste ponto, parece que obedecer a lei realmente não importa mais. Mas vamos voltar um pouquinho. Começamos o estudo desta semana com Romanos 3:20, que diz que “é mediante a Lei que nos tornamos plenamente conscientes do pecado.” Esta é a razão pela qual a lei é confirmada?

1. Paulo nos assegura que a lei ainda é importante. O fato de que Jesus obedeceu e morreu em nosso lugar diz alguma coisa a respeito da importância da lei? Vamos descobrir isso na próxima semana!

D. Amigo, e você? Já aceitou o dom gratuito de Jesus, a salvação? Tenho um amigo que costumava me dizer que precisamos “limpar” algumas coisas antes de voltarmos para a igreja. Ele nunca voltou. Você nunca será salvo, a menos que confie a vida perfeita de Jesus para a tua salvação. Por que não pedir a Jesus para te justificar agora mesmo? Para te tornar perfeitamente justo agora mesmo?

IV. Próxima Semana: Justificação e a Lei

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Direito de Cópia de 2010, por Bruce N. Cameron, J.D. Todas as referências das Escrituras são da Bíblia de Estudo na Nova Versão Internacional (NVI), editada em 2003 pela Editora Vida – São Paulo, a menos que indicado de outra forma. As citações da NVI são usadas com permissão. As respostas sugestivas encontram-se entre parênteses.
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