terça-feira, 21 de julho de 2009

As Epístolas do Amado - Lição 04

Andando na Luz – Guardando Seus Mandamentos (I João 2:1-11)

Introdução: Uma as minhas tarefas como advogado é provar os “elementos” do caso do meu cliente. Quando estou defendendo casos envolvendo questões religiosas, o primeiro elemento é provar que meu cliente tem “crenças religiosas sinceras”. Como você faria isso? Como provaria para um juiz, que não conhece o teu cliente, o que está no coração do teu cliente? Eu uso as ações do meu cliente para provar o que está no seu coração. O meu método é o método de Deus? Que relação as nossas ações tem com o que está no nosso coração? Vamos pular para dentro do nosso estudo e descobrir o que Deus diz sobre isso!

I. O Objetivo

A. Leia I João 2:1. Na semana passada aprendemos que aqueles que “andam na luz” possuem pecado em suas vidas (I João 1:7-8). Isto derruba a minha teoria de que ações = coração?

1. João acha que está tudo bem ter pecado? O que Deus acha? É apropriado andar na trilha da luz carregando junto este fardo de pecados?

2. Qual é o objetivo, de acordo com João? (I João 2:1: “Escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem”. O Objetivo é deixar o pecado para trás.)

3. Este é um objetivo realista? O que acontece se não alcançarmos a meta? (João diz que temos Jesus para nos defender. Parece como se fosse um advogado!)

B. Veja novamente I João 2:1. Como Jesus nos “defende” diante do Pai? Argumentando que todos pecam e que o Pai não deveria sertão específico?

1. Jesus está argumentando que o que fizemos não é realmente pecado?

C. Leia I João 1:10. Que tipo de pessoas nós decidimos na semana passada que estavam identificadas aqui? (Existem dois extremos: Primeiro, aqueles que afirmam que alcançaram a perfeição e que não possuem pecado. Segundo, aqueles que dizem que não estão pecando agora e que nunca pecaram porque o pecado, na verdade, não existe para os cristãos. Faz sentido lógico que Jesus não esteja repetindo uma variação destes dois argumentos falsos e extremistas.)

D. Você acha que as pessoas descritas em I João 1:10 são as mesmas pessoas a quem João está falando em I João 2:1? (Não. João começa dizendo “Meus filhinhos”. Ele não está falando com o mesmo grupo de pessoas sobre quem estava falando no verso 10. Ele disse no verso 10 que as pessoas estão fazendo de Deus um mentiroso e que a palavra de Deus não tem lugar em suas vidas. João se volta a um novo grupo de pessoas, que estão buscando a verdade. Essas são pessoas que estão andando na trilha da luz. Essas são pessoas que querem que o seu coração e as suas ações sejam compatíveis.)

E. Agora que já discutimos o que pensamos que Jesus poderia argumentar, vamos ler I João 2:2 e ver se podemos descobrir como Ele está realmente argumentando. Que argumento este texto sugere que Jesus está colocando em nosso favor?

1. Assuma que você é levado diante de um juiz e acusado de cometer um crime. Enquanto você está ali em pé, com a tua melhor (e mais inocente) aparência, ouve o teu advogado começar sua argumentação com: “Meritíssimo, meu cliente é culpado, muito culpado...” O que você diria?

a. Esta é a defesa de Jesus por nós? (Sim! A defesa dEle é que somos muito culpados, mas que Ele já pagou a pena. Ele não está argumentando contra a nossa culpa. Está argumentando contra a pena imposta contra nós.)

2. Em vista do argumento de Jesus (nosso advogado), como realmente se parecem os nossos esforços para encobrir e negar os nossos pecados? Imagine a reação do juiz se você começa a interromper o teu advogado com um indignado “Eu não sou culpado! Tenho uma vida perfeita! Quaisquer problemas que eu possa ter não são minha culpa. A culpa é dos genes que recebi da minha mãe e do meu pai!”

F. Nós decidimos há alguns minutos atrás que I João 2:1 é direcionado para “aqueles que estão na trilha da luz”. Isto é consistente com I João 2:2? (O sacrifício de Jesus é “pelos pecados de todo o mundo”. Seu sacrifício pode não ser aceito por todos, mas Ele deu a sua vida por todos.)

G. Considere isto: Por que João caracteriza Jesus como tendo que defender ou interceder a nossa posição junto ao Pai? Será que Deus o Pai precisa ser convencido? Este é um tipo de debate o qual esperamos que Jesus vença?

H. Leia João 16:26-27, onde Jesus diz: “Não digo que pedirei ao Pai em favor de vocês, pois o próprio Pai os ama...” Como isto é consistente com o fato de precisarmos de um advogado? (A defesa de Jesus é contra as exigências da lei e não as exigências hostis (para conosco, pois são opostas ao pecado) do Pai. O que Jesus fez por nós está além das palavras e o próprio fato de que Jesus se adianta em nosso favor torna a nossa defesa clara.)

II. Conhecendo a Deus

A. Leia I João 2:3-4. De vez em quando, alguém me pergunta se eu conheço alguém importante. (Na verdade, geralmente é o contrário, eu fico ansioso para contar aos outros quando conheço alguém que seja remotamente importante.) O que quer dizer “conhecer” alguém? O que João quer dizer quando escreve sobre conhecermos a Jesus? (Conhecer alguém significa que você conhece algo sobre a pessoa.)

1. Se isto é verdade, por que a obediência à lei de Deus é a “prova da realidade” para conhecer a Deus? (Logicamente, este texto deve querer dizer que há uma forte ligação entre conhecer a Jesus e conhecer Seus mandamentos.)

2. Isto reafirma a minha abordagem no tribunal: que as ações do meu cliente tendem a mostrar se o cliente “conhece” a Jesus? Que tem o coração para Jesus?

B. Por que João diz que obedecemos a Jesus? Qual é a nossa motivação? (Nós O conhecemos.)

1. Por que João não diz que obedecemos porque conhecemos as regras?

2. Por que João não diz que obedecemos porque tememos a Deus?

3. Por que João não diz que obedecemos porque sabemos as conseqüências, as vantagens ou desvantagens desta atitude?

C. Este é um princípio universal? Que obedecemos porque conhecemos?

1. Se você diz que sim, pergunte a si mesmo quanto tempo você passou conhecendo a Deus na semana passada, em comparação a conhecer o que o dragão está falando através da televisão?

D. Se você diz, “Não é verdade, Bruce, eu obedeço a tudo o que conheço”, então por que conhecer a Deus significa que O obedecemos? (Este texto diz algo extremamente perturbador sobre Deus. Seu amor e caráter são tais que conhecê-Lo nos compele a querer obedecê-Lo!)

E. Amigos, isto é uma coisa incrível: não podemos obedecer a Deus a menos que O conheçamos. O outro lado da equação é igualmente intrigante: não O conhecemos se não O obedecemos.

F. Leia I João 2:5. O que você acha que João quer dizer quando fala que o amor de Deus é aperfeiçoado naquele que obedece? (O cristianismo não é meramente teórico. Não se trata de algum conhecimento abstrato de regras que não fazem diferença prática em nossas vidas. O amor de Deus se torna completo em nós quando permitimos que Sua vontade transforme as nossas ações.)

G. Leia I João 2:6. O que quer dizer “andar” como Jesus andou? Será que significa:

1. Não termos dinheiro?

2. Não termos esposa?

3. Pregarmos? (João está reafirmando, de forma sistemática e insistente, o ponto que a obediência é essencial. Ele não está falando sobre coisas específicas da vida de Jesus, está falando sobre a determinação de Jesus em obedecer ao Seu Pai e refletir a vontade de Seu Pai. Nosso coração e nossas ações estão ligados.)

III. Os Resultados de Conhecermos a Deus

A. Leia I João 2:7-8. João está nos lembrando acerca de um antigo mandamento ou está nos dizendo um mandamento novo? João começa de uma forma que parece que ele está indeciso: “Não lhes escrevo um mandamento novo, mas um mandamento antigo... No entanto, o que lhes escrevo é um mandamento novo”. O que é, afinal? (É um mandamento antigo, não claramente reconhecido antes, porque nova luz permite que o vejamos.)

1. Você já achou alguma velha antiguidade, limpou-a e teve a impressão que ela parecia completamente diferente? Completamente nova?

B. Leia I João 2:9-11. Que antigo mandamento remodelado é este? (Amarmos os nosso companheiros cristãos.)

1. Como este mandamento foi remodelado? Qual é a natureza da nova luz? (Vocês não entendem como amar, diz João, até que tenham visto como Jesus amou! Jesus “limpou” a antiga idéia de amor e obediência para nos dar um exemplo daquilo que Ele realmente pretendia. Considere dois exemplos: 1) Mão ressequida curada no sábado (Mateus 12); e 2) Discussão de Jesus sobre a importância daquilo que sai da boca em vez do que entra nela (Mateus 15).)

C. Amigo, como você avalia a “prova da realidade” de I João 2:9-11? O que as tuas ações dizem sobre o teu coração? Você odeia alguém? Guarda rancor? Qual é a tua atitude com relação á família de Deus? A resposta a essas perguntas demonstra se você está na trilha da “luz” ou na trilha das “trevas”.

IV. Próxima Semana: Andando na Luz – Renunciando ao Mundanismo.

=============================== Direito de Cópia de 2009, por Bruce N. Cameron, J.D. Todas as referências das Escrituras são da Bíblia de Estudo na Nova Versão Internacional (NVI), editada em 2003 pela Editora Vida – São Paulo, a menos que indicado de outra forma. As citações da NVI são usadas com permissão. As respostas sugestivas encontram-se entre parênteses. Para receber semanalmente estes comentários diretamente no teu endereço de e-mail, acesse: http://br.groups.yahoo.com/subscribe/BruceCameron ===============================

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